A Polícia Civil de Minas Gerais realizou a operação Arcanjo nesta quarta-feira (23 de abril), resultando na prisão de três homens acusados de estupro de vulnerável em Belo Horizonte e Betim. Dois dos suspeitos já foram condenados a penas de 15 anos e meio e 13 anos e 4 meses, respectivamente, enquanto o terceiro recebeu prisão preventiva.
Os crimes, que ocorreram entre 2019 e 2023, envolveram vítimas com idades entre 7 e 11 anos, demonstrando um padrão de violência contra menores em situação de vulnerabilidade.
* No bairro Tupi, região Norte de BH, um homem de 29 anos foi preso por abusar da enteada de 7 anos. A delegada Thais Degani relatou: “Ele era padrasto da vítima, viveu com a mãe por 4 anos”. Os abusos foram revelados após uma briga do casal, quando “a criança contou para a mãe sobre os abusos”.
* Em Betim, um homem de 57 anos foi detido por abusar de uma menina de 11 anos. A delegada Fernanda Fiúza explicou que o suspeito era irmão do padrasto da vítima e “tinha o hábito de passar o final de semana com a desculpa de ajudar na casa pintando e fazendo serviços de reforma”. A avó materna suspeitou do comportamento do agressor e alertou a família.
* A terceira prisão envolveu um aposentado de 68 anos, detido preventivamente por atacar uma criança de 9 anos no bairro Beija-Flor, região Nordeste de BH. Segundo a delegada Degani, “a menina estava brincando na rua com seus primos. O homem se aproximou da vítima oferecendo bala, logo ele começou a agarrar, beijar e passar as mãos no corpo da menina”.
A operação Arcanjo marca o início das ações do Maio Laranja, campanha federal de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. A delegada Danúbia Quadros ressaltou a importância da conscientização: “Muitas vezes, a criança não sabe que está sendo vítima. Por isso, a campanha é tão importante: para que essas situações sejam denunciadas”.