O deputado Pedro Lucas (União-MA) recusou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o Ministério das Comunicações. A decisão foi tomada após reunião com o presidente do partido, Antônio Rueda, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, manifestou respeito pela decisão do parlamentar, afirmando que a atitude foi tomada visando “defender” o governo. Em entrevista à rádio Itatiaia, Alckmin destacou que ainda não está definido se o comando da pasta continuará com o União Brasil: “vamos aguardar um pouco”.
“O deputado Pedro Lucas, nós respeitamos sua decisão, é uma decisão de foro íntimo, ele tomou essa decisão em razão de defender o próprio governo”, declarou Alckmin. O vice-presidente acrescentou que “Ele contribui e trabalha em favor do governo e pelo Brasil, é o líder do União Brasil, recebeu o convite para integrar o ministério e entendeu que era melhor se manter na liderança do partido, ajudando o país e o governo”.
Fatores determinantes para a decisão:
* A instabilidade que poderia ser gerada no partido caso Pedro Lucas deixasse seu atual cargo na Câmara dos Deputados
* As incertezas dentro da própria legenda sobre o posicionamento em relação ao governo federal
* A avaliação do deputado de que poderia contribuir mais permanecendo na liderança do União Brasil na Câmara
Quando questionado se a recusa do deputado representaria um constrangimento ou desprestígio ao governo federal, Alckmin reiterou que se tratou de “uma decisão de foro íntimo”, descartando qualquer interpretação negativa do episódio.