A decisão do técnico Tite de não assumir o comando do Corinthians, priorizando sua saúde mental, reacendeu importantes discussões sobre o tema no cenário esportivo brasileiro e mundial. O anúncio de Tite, feito através de uma nota oficial, evidencia como questões relacionadas à saúde mental têm ganhado cada vez mais relevância no esporte de alto rendimento.
O debate sobre saúde mental no esporte tem se intensificado nos últimos anos, com diversos atletas de elite compartilhando suas experiências pessoais. Casos emblemáticos demonstram como o tema atravessa diferentes modalidades e níveis competitivos:
* Gabriel Medina precisou interromper sua carreira em 2022, ausentando-se das primeiras etapas da WSL no Havaí. O surfista enfrentou não apenas a frustração olímpica, mas também conflitos familiares após romper relações com sua mãe e pai adotivo.
* Simone Biles surpreendeu o mundo ao se retirar das Olimpíadas de Tóquio 2020, mesmo sendo a principal estrela da ginástica. Sua decisão de priorizar a saúde mental tornou-se um marco importante na discussão do tema.
* Naomi Osaka abdicou de importantes torneios em 2021, incluindo Roland Garros e Wimbledon, após revelar sua luta contra depressão e ansiedade.
No futebol brasileiro, diversos casos recentes chamam atenção:
* Richarlison revelou à ESPN ter enfrentado pensamentos suicidas após a Copa do Mundo do Catar, principalmente devido a mensagens de ódio nas redes sociais.
* Michael, ex-atacante do Flamengo, falou abertamente sobre sua depressão durante sua passagem pela Arábia Saudita.
A decisão de Tite soma-se a um movimento crescente de atletas e profissionais do esporte que têm quebrado o tabu em torno da saúde mental. Casos como o do nadador Michael Phelps, maior medalhista olímpico da história, que se tornou um ativista da causa, demonstram a importância do tema no esporte contemporâneo.