A Semana Santa de 2025 está sendo marcada por expectativas quanto à saúde do Papa Francisco, que recentemente enfrentou uma pneumonia bilateral que o manteve hospitalizado por 38 dias no Policlínico Gemelli, em Roma. Apesar das recomendações médicas de dois meses de repouso e restrição de visitas, o pontífice tem surpreendido com diversas aparições públicas desde seu retorno à Casa de Santa Marta.
Desde sua alta hospitalar em 23 de março, o Papa Francisco tem demonstrado sua determinação em manter-se presente:
* Na primeira aparição pública após a hospitalização, o pontífice participou da missa para o Jubileu dos Doentes na Praça São Pedro em 6 de abril
* Quatro dias depois, surpreendeu ao visitar a Basílica de São Pedro vestindo trajes informais – calça preta, malha branca e poncho listrado – para agradecer aos trabalhadores por um restauro, sendo auxiliado por seu enfermeiro pessoal, Massimiliano Strappetti
* Em 16 de abril, recebeu cerca de 70 pessoas, incluindo profissionais de saúde do hospital Gemelli e do Vaticano, quando agradeceu os cuidados recebidos durante sua internação
* No dia seguinte, visitou a prisão romana de Regina Coeli, encontrando aproximadamente 70 detentos de diferentes nacionalidades, lamentando não poder realizar o tradicional lava-pés da Quinta-feira Santa
Quanto às celebrações da Semana Santa, o Vaticano anunciou que os principais ritos serão presididos por cardeais:
* A Via Sacra no Coliseu será presidida pelo Cardeal Vigário Baldo Reina, com meditações preparadas pelo próprio Papa Francisco
* A celebração da Paixão ficará a cargo do cardeal Claudio Gugerotti
* A liturgia do Sábado Santo será conduzida pelo cardeal Giovanni Battista Re
* A Missa do Domingo de Páscoa será celebrada pelo cardeal Angelo Comastri, seguida da bênção “Urbi et Orbi”
Embora o Papa Francisco tenha delegado as celebrações, sua presença física nos eventos não está descartada. A tradicional bênção “Urbi et Orbi”, que só pode ser concedida pelo pontífice, ainda aguarda definição sobre sua modalidade de realização, podendo contar com a presença do Papa para abençoar os fiéis, enquanto o cardeal Comastri lê o texto papal.