Senado trava PECs polêmicas e prioriza regulamentação da Reforma Tributária

Senado trava PECs polêmicas e prioriza regulamentação da Reforma Tributária

Propostas sobre STF, militares e quinquênio estão paradas devido à falta de acordo

O Senado Federal enfrenta um impasse em relação a várias Propostas de Emenda à Constituição (PECs) consideradas polêmicas. Entre elas, destacam-se as propostas relacionadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), aos militares e ao quinquênio. A falta de consenso entre os senadores tem resultado na paralisação dessas matérias.

Enquanto isso, os senadores têm priorizado pautas econômicas e a regulamentação da reforma tributária, deixando as PECs controversas em segundo plano. 

A PEC relacionada ao STF, que propõe alterações na composição e funcionamento da Corte Suprema, encontra-se estagnada. Senadores divergem sobre os impactos potenciais dessas mudanças no equilíbrio entre os Poderes.

A proposta referente aos militares, que aborda questões como previdência e carreira, também está paralisada. Há preocupações sobre o impacto orçamentário e a equidade em relação a outras categorias do serviço público.

Já a PEC do quinquênio, que propõe um adicional por tempo de serviço para algumas carreiras jurídicas, enfrenta resistência devido ao seu potencial custo aos cofres públicos.

Prioridade às pautas econômicas

Em contraste com a paralisia das PECs polêmicas, o Senado tem avançado em questões econômicas. A regulamentação da reforma tributária tem recebido atenção especial, sendo vista como crucial para a retomada do crescimento econômico.

A pedido do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), uma audiência pública será realizada nesta quarta-feira (21 de agosto), para discutir aspectos da regulamentação da reforma tributária. O foco do debate será a não cumulatividade plena da CBS e do IBS (Contribuição sobre Bens e Serviços e Imposto sobre Bens e Serviços, respectivamente); as restrições ao mecanismo de créditos desses dois tributos; e o funcionamento do sistema de split payment (pagamento automaticamente dividido entre o fornecedor e o Fisco).

Foram convidados para a audiência pública Ricardo de Barros Vieira, vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito; Robson Maia Lins, coordenador-geral do mestrado e doutorado em Direito da PUC-SP; Eduardo Lopes, presidente da Zetta (associação de empresas de tecnologia no setor financeiro); a doutora em Direito Tributário Mary Elbe Queiroz; e um representante da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo.

Já aprovado na Câmara dos Deputados e tramitando na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o PLP 68/2024, além do CBS e do IBS, institui o Imposto Seletivo (IS).

Com informações da Agência Senado

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