Uma operação policial nacional desarticulou uma organização criminosa especializada em cybercrime que aliciava e manipulava psicologicamente crianças e adolescentes através de diferentes plataformas digitais. A investigação, iniciada em fevereiro deste ano, revelou uma série de crimes graves, incluindo tentativa de homicídio, instigação ao suicídio e divulgação de pornografia infantil.
O caso ganhou notoriedade após a transmissão ao vivo de um ataque brutal contra uma pessoa em situação de rua, onde um adolescente, sob influência do grupo, lançou um coquetel molotov contra a vítima, que teve 70% do corpo queimado.
* A ação policial foi realizada simultaneamente em oito estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul
* Até as 7h30 da manhã, foram detidos dois homens e apreendidos dois adolescentes
* O Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) da Secretaria Nacional de Segurança prestou apoio à operação
* Crimes de ódio e tentativa de homicídio
* Instigação ao suicídio e maus-tratos a animais
* Apologia ao nazismo
* Armazenamento e divulgação de pornografia infantil
A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) descobriu, através de monitoramento e cruzamento de dados, que os administradores do servidor utilizado nos crimes formavam uma organização altamente especializada em diversos tipos de cybercrime.
“A atuação do grupo é tão significativa no cenário virtual que mereceu a atenção de duas agências independentes dos Estados Unidos, que emitiram relatórios sobre os fatos, contribuindo com o trabalho dos policiais civis envolvidos no caso”, informou a polícia civil.
A investigação contou com o apoio internacional de duas agências norte-americanas, que produziram relatórios detalhados sobre as atividades da organização criminosa, demonstrando a amplitude e gravidade dos crimes cometidos.