Moraes concede prisão domiciliar a Chiquinho Brazão por problemas cardíacos

Moraes concede prisão domiciliar a Chiquinho Brazão por problemas cardíacos

Ministro Alexandre de Moraes concede benefício ao deputado Chiquinho Brazão, réu no caso Marielle Franco, devido a problemas cardíacos graves

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (11) a transferência do deputado federal Chiquinho Brazão para prisão domiciliar. O parlamentar, que está detido no presídio federal de Campo Grande, é um dos réus na ação penal sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018, no Rio de Janeiro.

A decisão foi motivada após a defesa de Chiquinho Brazão alegar que o deputado enfrenta “risco elevado de morte” na prisão devido a graves problemas de saúde. Os advogados apresentaram documentos que comprovam episódios recentes de angina e a necessidade de procedimentos cardíacos, incluindo cateterismo e implantação de stent devido à obstrução de duas artérias coronarianas.

Condições da Prisão Domiciliar

* O deputado deverá utilizar tornozeleira eletrônica
* Está proibido de acessar redes sociais
* Não poderá manter contato com outros investigados
* Visitas só serão permitidas mediante autorização prévia

O ministro Alexandre de Moraes fundamentou sua decisão no relatório médico do presídio de Campo Grande, que confirma a “delicada condição de saúde” do réu e a “alta possibilidade de sofrer mau súbito com risco elevado de morte”. Em sua decisão, Moraes destacou que “o caráter humanitário da prisão domiciliar está em consonância com o estado de saúde do réu, devidamente avaliado pelo Sistema Penal Federal”.

Vale ressaltar que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou contra a concessão da prisão domiciliar, argumentando que a doença coronariana de Brazão é anterior à prisão e poderia ser tratada no próprio presídio federal.

Chiquinho Brazão é investigado junto com seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Segundo as investigações da Polícia Federal, o assassinato de Marielle Franco está relacionado à oposição da vereadora aos interesses do grupo político dos irmãos Brazão, especialmente em questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.

A delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ter efetuado os disparos contra Marielle, aponta os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa como mandantes do crime. Os acusados negam envolvimento desde o início das investigações.

O processo segue em andamento, com prazo de 30 dias para apresentação das alegações finais dos réus, última etapa antes do julgamento.

Mais notícias no N3 News

Imagem N3 News
N3 News
O N3 News oferece notícias recentes e relevantes, mantendo os leitores atualizados em um mundo que está sempre em constante mudança. Mais do que um portal de notícias, temos como meta ser um parceiro confiável na busca pela informação precisa e imparcial.

RELACIONADAS