Anderson Cassimiro Batista, de 49 anos, e sua companheira Denilza Pereira Lopes, de 43, foram presos em Mongaguá, litoral de São Paulo, por suspeita de tentativa de homicídio e extorsão contra um comerciante de 48 anos. O caso teve origem em uma dívida de R$ 40 mil que, mesmo após ser quitada com juros, continuou gerando ameaças contra a vítima.
A investigação da Polícia Civil revelou um esquema de agiotagem que culminou em violência quando Anderson disparou contra o comerciante em dezembro de 2024, enquanto este varria a calçada de seu estabelecimento.
* O comerciante, proprietário de uma padaria, conhecia Anderson há 20 anos por terem trabalhado juntos anteriormente. No fim de 2023, realizou um empréstimo de R$ 40 mil com o suspeito.
* Ao longo dos meses seguintes, a vítima pagou um total de R$ 67,5 mil, sendo R$ 63 mil em dinheiro e R$ 4,5 mil em mercadorias da padaria, quitando assim a dívida original.
* Mesmo após o pagamento integral, Anderson continuou com as cobranças e chegou a apontar uma arma para a vítima em julho de 2024, fato que foi registrado em boletim de ocorrência.
* Em 18 de dezembro de 2024, o comerciante foi surpreendido por três tiros enquanto trabalhava em frente à sua padaria no bairro Balneário Itaóca.
A Polícia Civil, após investigação, obteve mandados de prisão preventiva contra o casal. Durante a operação de captura:
* Os suspeitos tentaram fugir ao perceberem a presença policial, mas foram interceptados após uma perseguição.
* Foram apreendidas duas armas de fogo, incluindo a utilizada na tentativa de homicídio, além de munições de calibre 9mm e 32.
* Os agentes também encontraram materiais relacionados à prática de agiotagem, como notas promissórias, folhas de cheque e cadernos com anotações de valores.
* Foram localizadas ainda duas placas de veículos, 18 porções de cocaína e diversos equipamentos eletrônicos.