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A construção de uma estrada dentro do Parque Estadual da Serra do Rola Moça para o transporte de rejeitos de mineração está gerando forte mobilização dos moradores de Casa Branca, distrito de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. O projeto, que prevê a passagem diária de aproximadamente 2 mil caminhões carregando 32 toneladas de rejeitos cada, faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a Mineração Geral do Brasil (MGB) e órgãos públicos.
O TAC foi estabelecido em 2023 entre a MGB, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o Ministério Público Federal (MPF) para o desmanche de duas barragens da empresa. No entanto, os moradores afirmam que só tomaram conhecimento do acordo recentemente, quando foi marcada uma reunião do Conselho Consultivo do Parque.
Pontos críticos do projeto:
* A estrada planejada terá um trecho de 1,8 km dentro do Parque Estadual do Rola Moça, uma área de conservação ambiental protegida por lei federal.
* O fluxo previsto é de 1.715 caminhões diários, transportando cerca de 60 mil toneladas de material por dia, durante um período mínimo de 5 anos.
* Moradores e ambientalistas questionam o volume de 3,6 milhões de toneladas indicado para retirada, considerando que as barragens B1 e B2 somam apenas 836 mil metros cúbicos de rejeitos.
A situação levou os moradores a ajuizarem uma ação popular na Justiça para tentar impedir a execução do TAC. A MGB, o MPMG, o MPF e a Semad foram procurados para comentar o caso, mas não se manifestaram até o momento. As informações são de O Tempo.
