Juiz de Fora inicia redução da jornada de servidores para 30h semanais sem redução salarial

Juiz de Fora inicia redução da jornada de servidores para 30h semanais sem redução salarial

Prefeitura implementa redução gradual da carga horária de 40 para 30 horas semanais sem corte salarial, beneficiando diferentes setores do funcionalismo

A Prefeitura de Juiz de Fora iniciou nesta segunda-feira (7/4) uma significativa mudança na jornada de trabalho dos servidores municipais. A administração implementou a redução da carga horária de 40 para 30 horas semanais, mantendo os salários integrais dos funcionários.

A implementação começou com as secretarias escolares e funcionários administrativos, que agora cumprem turno único de seis horas diárias, entre 7h e 19h, nos dias úteis. O secretário de Recursos Humanos, Matheus Jacometti, celebrou a mudança como uma “conquista histórica”.

A implementação seguirá um cronograma específico para diferentes setores:

* Para secretarias escolares e setores administrativos: início imediato com turno único de seis horas diárias
* Para setores operacionais (agentes de transporte e trânsito, guarda municipal e obras): implementação prevista para 1º de maio, Dia do Trabalhador
* Para a área da saúde: início programado para 1º de junho, com adaptações específicas para manter a qualidade do atendimento à população

“Vamos garantir o direito aos trabalhadores e trabalhadoras ao devido descanso, sem desassistir nossa população. Por isso, estamos implementando essa política de modo gradual, de forma a atender a 100% dos trabalhadores e trabalhadoras ainda no primeiro semestre”, afirmou Jacometti.

A gestão da prefeita Margarida Salomão (PT) estabeleceu que as jornadas serão definidas pelas respectivas secretarias, garantindo que nenhum setor fique sem atendimento durante o expediente. Casos específicos, como plantões, terão orientações posteriores por secretaria.

Em contexto nacional, segundo dados recentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT-ONU), os brasileiros trabalham em média 39 horas semanais, ficando atrás de países desenvolvidos como Estados Unidos (38h), Alemanha (34h) e França (36h), além de vizinhos como Uruguai e Argentina (ambos com 37h). Aproximadamente 11% dos trabalhadores brasileiros ainda mantêm jornadas consideradas excessivas, de 49 horas ou mais por semana.

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