A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está no centro de uma nova polêmica relacionada aos salários dos presidentes das federações estaduais. Segundo reportagem da revista Piauí, os valores mensais recebidos por estes dirigentes tiveram um aumento expressivo de 330%, saltando de R$ 50 mil para R$ 215 mil.
A decisão ocorre durante a gestão de Ednaldo Rodrigues, 71 anos, que foi recentemente reeleito presidente da CBF. Sua trajetória na entidade começou em 2021, quando assumiu interinamente após o afastamento de Rogério Caboclo. Em 2022, foi eleito oficialmente e, agora em 2025, garantiu sua permanência no cargo até março de 2030.
Vale ressaltar que os presidentes das 27 federações estaduais já recebiam duas fontes de remuneração: uma proveniente diretamente da CBF e outra paga pelo próprio Ednaldo Rodrigues. Este cenário financeiro favorável contribuiu para a forte base de apoio ao atual presidente.
O suporte das federações ficou evidente quando estas sequer compareceram às reuniões com Ronaldo Fenômeno, ex-jogador que manifestou interesse em concorrer à presidência. A falta de apoio das federações levou Ronaldo a retirar sua candidatura, mantendo uma tradição que perdura desde 1989: a ausência de disputas eleitorais com mais de um candidato na CBF.
É importante mencionar que a própria candidatura de Ednaldo enfrentou questionamentos legais. Em 2023, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro analisou denúncias sobre a possível ilegalidade do acordo que viabilizou sua eleição, resultando em seu afastamento temporário. No entanto, uma decisão do Supremo Tribunal Federal em janeiro de 2024 garantiu seu retorno ao cargo.