O relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 31, indica que a mediana das projeções para o IPCA de 2025 permaneceu estável em 5,65%, após duas semanas consecutivas de queda. Este valor está 1,15 ponto percentual acima do teto da meta estabelecida em 4,50%.
Considerando apenas as 57 estimativas mais recentes, atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana apresentou uma ligeira redução, passando de 5,66% para 5,64%.
* Para 2026, a projeção do IPCA manteve-se em 4,50%, colada ao teto da meta, após duas semanas de alta consecutiva. Análise das 55 expectativas mais recentes também confirma a estabilidade em 4,50%.
* O Banco Central projeta um IPCA de 5,1% para 2025 e 3,7% para 2026, conforme dados do último Relatório de Política Monetária (RPM) divulgado na quinta-feira, 27.
* A partir deste ano, a meta de inflação passou a ser contínua, baseada no IPCA acumulado em 12 meses, com centro em 3% e margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
As projeções para anos posteriores também mostram estabilidade. A mediana para 2027 permanece em 4,0% pela sexta semana consecutiva, enquanto para 2028 manteve-se em 3,78%.
Em relação aos preços administrados, a projeção para 2025 continua em 5,06%, enquanto para 2026 permanece em 4,28%. O Banco Central prevê inflação de 4,3% para preços administrados em 2025 e 4,2% em 2026, segundo o último RPM.
O Comitê de Política Monetária (Copom) já elevou a taxa Selic em 3,75 pontos percentuais desde setembro, chegando a 14,25%, incluindo um aumento acelerado de 3 pontos entre dezembro e março. Na última reunião, o comitê sinalizou nova elevação em maio, embora menor que 1 ponto percentual.