O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que Léo Índio apresente explicações sobre sua possível saída do Brasil para a Argentina. O primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro é réu no processo relacionado aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Em entrevista concedida à rádio Massa FM de Cascavel, no Paraná, Léo Índio, cujo nome completo é Leonardo Rodrigues de Jesus, revelou estar há 22 dias em território argentino. A informação sugere que sua saída do país ocorreu logo após o recebimento da denúncia contra ele, no final de fevereiro.
* O ministro Moraes estabeleceu prazo de 48 horas para que os advogados de Léo Índio prestem esclarecimentos sobre a possível evasão do país.
* A Primeira Turma do STF formou maioria para manter a decisão que tornou Léo Índio réu pelos acontecimentos de 8 de janeiro.
* A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra Léo Índio por cinco crimes:
– Golpe de Estado
– Tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito
– Associação criminosa armada
– Dano qualificado
– Deterioração de patrimônio tombado
A defesa de Léo Índio contestou as acusações, alegando que ele “não participou de qualquer ato de invasão ou depredação de patrimônio público, estando presente apenas em uma manifestação pacífica, a qual evoluiu para um tumulto inesperado”.
A PGR, por sua vez, sustenta que Léo Índio “registrou e divulgou na internet imagens em frente ao Congresso Nacional, no momento em que participava dos atos de invasão e depredação às sedes dos Três Poderes”. O órgão também aponta seu envolvimento em outras atividades antidemocráticas, incluindo manifestações em acampamentos montados após as eleições presidenciais de 2022.
Léo Índio, que é sobrinho de Rogéria Nantes, ex-esposa de Bolsonaro e mãe dos três filhos mais velhos do ex-presidente (Flávio, Carlos e Eduardo), agora aguarda as próximas decisões do STF sobre seu caso.