O governador Romeu Zema (Novo) e seu grupo político intensificam as articulações para definir seu futuro político após o término do segundo mandato à frente do governo de Minas Gerais, que se encerra em dezembro de 2026. Com a necessidade de desincompatibilização seis meses antes do pleito, conforme exige a legislação eleitoral, Zema tem pouco mais de um ano para tomar decisões estratégicas sobre sua próxima candidatura.
As movimentações no cenário político nacional já começaram a se desenhar, com importantes atores se posicionando para 2026. Entre as possibilidades para Zema estão:
* Candidatura à Presidência da República, uma opção que o governador não descarta, embora enfrente forte concorrência no campo da direita
* Possível vice na chapa do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado o nome mais forte do grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
* Disputa por uma vaga no Senado Federal, configurando uma alternativa mais conservadora
O posicionamento de Zema em relação ao bolsonarismo tem gerado análises complexas. Apesar de ter sido um dos primeiros governadores a apoiar Bolsonaro no segundo turno de 2022, sua ausência em eventos importantes, como o ato no Rio de Janeiro em defesa da anistia aos participantes do 8 de Janeiro e as comemorações do 7 de Setembro em São Paulo, tem sido notada.
O grupo político liderado pelo vice-governador Mateus Simões (Novo) demonstra preocupação não apenas com o futuro político de Zema, mas também com a relevância do partido Novo no cenário nacional. Como único governador da legenda, Zema representa uma peça fundamental para a manutenção da importância do partido.
Em Minas Gerais, a sucessão de Zema deve ficar a cargo de Mateus Simões, que assumirá o governo após a desincompatibilização e buscará a reeleição. O cenário local se mostra desafiador, com possíveis candidaturas dos senadores Rodrigo Pacheco (PSD) e Cleitinho (Republicanos).
A definição do cargo a ser disputado por Zema pode ocorrer mesmo após sua saída do governo, mas seus apoiadores temem que um posicionamento tardio possa prejudicar suas articulações políticas, especialmente considerando que outros atores, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), já se colocaram como pré-candidatos à presidência.