O Diretório Nacional do Cidadania anunciou oficialmente o fim da federação partidária com o PSDB. A decisão unânime foi tomada durante reunião realizada em Brasília no último domingo (16 de março), marcando um momento significativo na política nacional.
A federação, estabelecida desde as eleições de 2022, será mantida apenas até cumprir o prazo mínimo de quatro anos exigido pela legislação eleitoral. O partido justificou a decisão apontando diversos prejuízos sofridos durante a parceria.
Os principais impactos negativos para o Cidadania incluem:
* Redução significativa da representatividade em prefeituras
* Diminuição de cadeiras em câmaras municipais e estaduais
* Perda de espaço no Congresso Nacional
* Relatos de dirigentes estaduais sobre uma “convivência difícil e desvantajosa”
O presidente do Cidadania, Comte Bittencourt, manifestou-se sobre o futuro do partido: “A federação é passado; vamos em frente, retomando o protagonismo de nossa identidade, que deve apontar para onde o Cidadania pretende caminhar”. No entanto, ainda não há definição se o partido disputará as eleições de 2026 de forma independente ou buscará nova federação.
É importante ressaltar que, segundo as regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), caso o Cidadania deixe a federação antes do prazo estabelecido, sofrerá penalidades, incluindo a proibição de participar de outras federações ou coligações nas duas eleições seguintes, além da perda do acesso ao fundo partidário até o fim do período determinado.
Enquanto isso, o PSDB busca alternativas para seu futuro político, negociando possíveis fusões com outros partidos, como o Podemos e o Republicanos. O partido tucano, que desde 2014 enfrenta sucessivas derrotas eleitorais e perda de protagonismo no cenário nacional, já havia tentado anteriormente aproximações com PSD, MDB, Solidariedade e PDT, sem sucesso.