Câncer colorretal é segundo tumor mais comum no Brasil

Câncer colorretal é segundo tumor mais comum no Brasil

Doença oncológica que afeta o intestino grosso tem previsão de 45.630 novos casos em 2025, sendo considerada uma das mais preveníveis

O câncer colorretal se estabelece como o segundo tipo de tumor mais incidente em homens e mulheres no Brasil, ficando atrás apenas dos cânceres de mama e próstata. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a previsão para 2025 é de 45.630 novos casos desta doença que afeta o cólon e o reto, partes do intestino grosso.

A campanha Março Azul-Marinho busca conscientizar a população sobre esta doença que, apesar de sua alta incidência, ainda carece de divulgação no país. Na Bahia, por exemplo, são estimados 1.940 novos casos em 2025.

Fatores de risco e prevenção

* A oncologista Mirela Souto, da Oncoclínicas, destaca que o câncer colorretal é considerado uma doença do “estilo de vida”. Fatores como “alimentação pobre em fibras e rica em ultraprocessados, consumo excessivo de carnes vermelhas, bebidas alcoólicas, obesidade, sedentarismo e tabagismo são fatores que aumentam o risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer”.

* Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), alimentos como carnes vermelhas, gorduras, embutidos e processados aumentam significativamente o risco da doença.

* O oncologista Eduardo Moraes ressalta que “além dos hábitos pouco saudáveis, o histórico familiar, inflamações intestinais crônicas e presença de pólipos no intestino são fatores de risco para o câncer colorretal”.

Sintomas e diagnóstico

A oncologista Maria Cecília Mathias alerta que os sintomas geralmente aparecem em estágios avançados da doença, incluindo “fadiga, perda de peso sem causa aparente, alterações no hábito intestinal (diarreia ou constipação), presença de sangue nas fezes, anemia, desconforto ou dor abdominal”.

O rastreamento preventivo é fundamental e deve ser realizado através de colonoscopia entre 45 e 50 anos, com repetição a cada cinco ou dez anos para pessoas sem fatores de risco. O oncologista Bruno Protásio afirma que “quando diagnosticado precocemente, a chance de cura pode ser superior a 90%”.

Para casos com histórico familiar ou fatores de risco específicos, o médico Eduardo Moraes ressalta que “a data de início e a frequência do exame de colonoscopia deve ser discutido com o seu médico”, podendo ser necessário iniciar o rastreamento mais cedo.

A prevenção através de hábitos saudáveis e o diagnóstico precoce são as principais armas contra esta doença que, apesar de sua gravidade, é considerada um dos tumores mais preveníveis quando detectado em estágios iniciais.

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