O Ministério da Saúde confirmou a identificação do primeiro caso de mpox causado pela nova cepa 1b no Brasil. A paciente é uma mulher de 29 anos, residente na região metropolitana de São Paulo, que teve contato com um familiar proveniente do Congo, país onde a doença é endêmica.
Até o momento, apenas a cepa 2 do vírus havia sido identificada em território nacional. O novo caso foi confirmado através de análise laboratorial que sequenciou o genoma completo do vírus, demonstrando proximidade com outros casos da cepa 1b detectados internacionalmente.
* O país registrou 2.052 casos da doença em 2024
* Em 2023, foram contabilizados 115 casos até fevereiro
* Não houve registro de mortes por mpox nos últimos dois anos
* A vigilância sanitária municipal de São Paulo está realizando o rastreamento de possíveis contatos da paciente
* Até o momento, não foram identificados casos secundários
O Congo, país da África Central, enfrenta a mpox de forma endêmica desde a década de 1970, tendo registrado um surto nacional em dezembro de 2022. O surgimento da cepa 1b provocou um “aumento significativo” de casos no país, conforme nota técnica do ministério.
A cepa 1b já foi identificada em diversos países, incluindo Uganda, Reino Unido, China, Estados Unidos, França e África do Sul. O Ministério da Saúde informou que está acompanhando o caso em conjunto com as Secretarias Estadual e Municipal de Saúde de São Paulo, tendo também comunicado à Organização Mundial da Saúde (OMS).
A mpox é transmitida pelo vírus MPXV através do contato com pessoas infectadas ou materiais contaminados. Os sintomas incluem:
* Lesões na pele, como bolhas e feridas
* Febre
* Dor de cabeça
* Calafrios
* Fraqueza
Os quadros geralmente são leves a moderados, com duração de 2 a 4 semanas. Os sintomas podem se manifestar até 21 dias após a infecção. O Ministério da Saúde orienta que pessoas com sintomas busquem atendimento médico e evitem atividades sociais e contato próximo com outras pessoas.