O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Martins Leite (MDB), conhecido como Tadeuzinho, manifestou sua preocupação nesta quarta-feira (12 de março) sobre o clima tenso entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador Romeu Zema (Novo) durante eventos realizados em Betim e Ouro Branco.
Tadeuzinho expressou seu descontentamento com a situação, destacando que as disputas políticas precisam ser deixadas de lado em favor dos interesses do estado. “Obviamente, me entristece muito essas trocas de farpas que aconteceram, porque eu acho que muitos estão se preocupando, já com muita antecedência, com 2026. Nós temos um ano e meio ainda para trabalhar, para fazer o dever de casa, para atender a população e nós não podemos ficar aqui aguardando apenas trocas de farpas”, afirmou.
Durante os eventos, o clima de tensão ficou evidente através de indiretas e cobranças mútuas:
* Zema criticou a gestão anterior do PT, afirmando que “pegou o estado quebrado”, em referência ao governo de Fernando Pimentel
* Lula respondeu indiretamente, questionando a memória do governador sobre períodos de crescimento econômico acima de 3%
* O presidente da ALMG defendeu o diálogo entre as esferas estadual e federal, enfatizando a importância da cooperação
Em relação à dívida do estado, Tadeuzinho defendeu o Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados com a União (Propag), recentemente sancionado por Lula. “O Propag é um modelo muito melhor do que o Regime de Recuperação Fiscal, só levando em conta, de um modelo para o outro, os R$ 300 bilhões que nós pagaremos, que Minas Gerais, que é o contribuinte, que a população pagaria nos próximos 25 anos só de juros”, explicou.
O presidente da Assembleia reforçou a necessidade de união entre as diferentes esferas governamentais para resolver os problemas de Minas Gerais. “É por isso que me entristece de vez em quando essas trocas de farpas e de rusgas, como elas aconteceram ontem, porque nós temos muita coisa para resolver em Minas Gerais e é necessário que a Assembleia, que o governo do estado, que o governo federal dialoguem com o Congresso Nacional para que a gente possa resolver esses problemas”.