Um homem de 57 anos, identificado como Valdenilson Pereira da Silva, confessou à Polícia Civil o assassinato de Yara Karolaine Martins Neves, uma menina de 10 anos, cujo corpo foi encontrado na cachoeira Pele de Gato, em São Pedro do Suaçuí, no Vale do Rio Doce. O suspeito, que é funcionário público da Prefeitura de Água Boa, detalhou em depoimento como atraiu e matou a vítima.
Em um vídeo de oito minutos que circula nas redes sociais, Valdenilson fornece detalhes chocantes sobre o crime. Segundo seu depoimento, ele utilizou um veículo Sandero pertencente à Prefeitura de Água Boa para transportar Yara Karolaine, após prometer comprar uma pizza para ela. A menina foi abordada na rua e convencida a entrar no carro.
O suspeito levou a vítima até sua residência, alegando que ainda não havia comprado a pizza porque não sabia se ela aceitaria o convite. Em sua residência, ele tentou convencer Yara a ter relações sexuais em troca de R$ 50, proposta que foi recusada pela menina. Após a recusa, Valdenilson afirmou ter sido tomado pelo “capetão” e estrangulou a vítima com um lençol.
O criminoso permaneceu com o corpo na residência por 30 a 40 minutos antes de transportá-lo. O corpo foi enrolado em um lençol e jogado de uma ponte para um barranco.
O crime chocou a comunidade local e ganhou grande repercussão nas redes sociais. Neste domingo (9), uma multidão revoltada cercou a delegacia onde Valdenilson estava detido, exigindo justiça. Na segunda-feira (10), a Polícia Civil de Minas Gerais realizou uma coletiva de imprensa para detalhar o caso.
Durante o interrogatório, Valdenilson negou ter estuprado a vítima, mas admitiu o desejo de praticar o crime. Ele justificou o assassinato afirmando que temia que a menina contasse à família sobre sua tentativa de abuso sexual. O suspeito também afirmou que agiu sozinho e não teve ajuda de ninguém.
A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva de Valdenilson, que foi transferido para o presídio de Guanhães, na mesma região. A decisão sobre o pedido de prisão preventiva ainda aguarda análise da Justiça.
Este crime ocorreu cerca de um mês após outro caso similar em Minas Gerais, onde Stefany Vitória, de 13 anos, foi assassinada por um pastor de 54 anos em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ambos os casos envolvem meninas jovens sendo atraídas para veículos e subsequentemente assassinadas, levantando preocupações sobre a segurança de crianças e adolescentes na região.
A comunidade local e autoridades estão em alerta, enquanto a investigação continua para garantir que todos os detalhes do crime sejam esclarecidos e que a justiça seja feita.