O primeiro sábado do Carnaval 2025 foi marcado por uma série de incidentes envolvendo violência policial em diferentes cidades do Brasil. Foram registradas pelo menos quatro denúncias de agressão policial durante as festividades carnavalescas, sendo três casos em Minas Gerais e um no Rio Grande do Sul.
Os casos registrados incluem:
* Em Porto Alegre, uma professora trans, Luan Gonçalves da Cunha, relatou ter sido agredida por policiais militares sem provocação. Segundo seu depoimento: “Eu fiquei uns 4, 5 minutos apanhando, levando soco, levando chute, sem ter feito absolutamente nada. Eu tava gravando, e eles só se incomodaram com a minha presença”. A PM alega que a ação foi necessária devido à desordem e resistência dos foliões.
* Em Juiz de Fora (MG), foliões foram atingidos por spray de pimenta durante o bloco Benemérita na Praça Antônio Carlos. A MC Xuxu e outro organizador foram detidos e posteriormente liberados. A Prefeitura classificou a ação como “violência desproporcional”, enquanto a PM justificou o uso do spray devido à agressividade do grupo.
* Em Brumadinho (MG), cinco pessoas foram presas após um conflito entre policiais e indígenas das aldeias Pataxó Naô Xohã Arakuã e Katurãna durante uma festa de Carnaval. Os indígenas alegam terem sido agredidos sem motivo, enquanto a PM afirma que as prisões foram necessárias para conter desordens.
* Em Capinópolis, no Triângulo Mineiro, uma mulher foi atingida no rosto por uma bala de borracha após shows de carnaval. A vítima afirma que estava distante de qualquer confusão quando foi atingida. A PM declarou que a ação seguiu os protocolos estabelecidos para dispersão de multidões.
Em todos os casos, há divergências entre os relatos dos foliões e o posicionamento oficial das forças policiais. Enquanto os participantes das festividades denunciam excessos e violência injustificada, as corporações policiais defendem que as ações foram necessárias para manter a ordem e a segurança pública durante as celebrações do Carnaval.