A chave é ser leve, constante e congruente. Sua marca é um reflexo de você – e isso é poderoso.
Criar e gerenciar sua própria marca é uma jornada deliciosa. Mas bora ser sinceros: é muito desafiador! Entre escolher o tom de voz certo, decidir se o logotipo deve ser azul ou verde e responder comentários no Instagram às 23h, ser dono da própria marca parece mais com ser dono de um reality show. Só que sem o prêmio final…
Ei, mas calma! Dá para sobreviver ao processo sem pirar (muito). A chave é ser leve, constante e congruente. E eu vou te contar como.
Sabe aquela frase clássica do Rei Leão: “Você é mais do que se tornou”? Bem, no mundo do branding, é o contrário: sua marca é exatamente o que você se tornou. Ela é um reflexo direto de suas escolhas, valores e visão de mundo. E digo mais: assim como você se desenvolve como pessoa, você buscará seus aprendizados como empresário(a), e essa escala é simultânea – um te faz buscar o outro.
Isso significa que, sim, a marca terá fases boas e ruins, assim como você. Em vez de se desesperar tentando ser perfeita(o), literalmente se abrace! A autenticidade é o que conecta as pessoas à sua marca.
Eu tive muita sorte com meus clientes, porque eles nunca quiseram parecer algo que não eram – por exemplo, uma marca super tecnológica, mas sem saber nem como usar o Google Drive. A pergunta que eu sempre faço é: o que você realmente quer transmitir? A resposta certa nunca é o que está na moda, mas o que é verdadeiro para você. E são essas as descobertas que fazemos no processo de Mentoria de Marca: descobrir e comunicar com clareza quem você é e o que essa marca deseja ser/transmitir.
Ser congruente significa alinhar o que você pensa, faz e comunica. Sua marca não pode prometer sustentabilidade enquanto imprime panfletos de plástico aos milhares. Nem falar de exclusividade enquanto oferece desconto no app de cupons. E entender que essas ações demonstram divergência e falta de clareza com seu negócio. As pessoas não são burras…
Imagine ouvir de um cliente: “Quero ser referência em atendimento, mas meu time não tem treinamento nem tempo para atender bem.” Óbvio que eu irei responder: “Então você quer ser referência em algo que você não pratica?” Ui…
Congruência exige consistência. Pense na sua marca como uma música: todas as notas precisam combinar para criar uma melodia que o público queira ouvir, lembrar e guardar no coração.
É muito fácil se perder tentando copiar o que outras marcas fazem. Mas lembre-se: só porque algo funciona para a concorrência, não significa que funcionará para você. Encontre o seu tom.
Eu já vi marcas caírem na armadilha de aderir a toda tendência digital, desde dancinhas no TikTok até lives intermináveis, sem pensar se isso fazia sentido para o público delas. A consequência? Perderam a identidade.
Antes de seguir o vai da vaca, se pergunte: isso está alinhado com os valores da minha marca? Vai agregar para o meu público? Se a resposta for “não”, nem pense em seguir em frente com algo que não cabe para sua marca.
Você não precisa estar em todas as plataformas, criar conteúdo todos os dias ou agradar a todos. Assim como na vida, ter limites é essencial. E entender como cada plataforma funciona para o seu perfil é o que vai mudar o seu jogo.
Uma vez, perguntei para uma cliente que estava esgotada: “Você já organizou sua agenda de trabalho e tarefas? Aliás, como é que você organiza seu dia?” Ela respondeu: “Não.” Então ensinei como ela deveria fazer para se organizar e dar conta de fazer o que de fato precisava ser feito, eliminando tarefas que não produziam resultados.
Toda marca precisa de tempo para planejar, vender e executar. E, se não consegue fazer isso, não vai sobrar tempo para parar, respirar e reavaliar. Ela começou a se organizar melhor e voltou para mim: “Bia! Minha vida mudou!”
Uma mensagem importante também: seja leve consigo mesmo. Seu público entende que você é humana(o) e que pausas são necessárias. Ninguém vai morrer se você não postar hoje.
Criar uma marca memorável leva tempo. Não dá para apressar o crescimento, assim como não dá para plantar uma árvore hoje e esperar que ela dê frutos amanhã.
Uma vez me perguntaram: se você fosse uma árvore, qual seria? Eu respondi: uma tamareira. Eu não estou preocupada com o tempo, mas com a qualidade e o sabor dos frutos que vou deixar aqui.
Eu gosto de usar a metáfora do bambu: ele passa anos crescendo silenciosamente, enraizando-se profundamente antes de despontar. O mesmo acontece com marcas bem-sucedidas.
Se você está no início da jornada, celebre cada pequena vitória – um elogio de um cliente, um post que engajou bem, ou até mesmo aprender a usar uma nova ferramenta. Tudo isso faz parte da sua construção.
Ser dono da própria marca é desafiador, mas também incrivelmente recompensador. É como criar algo do zero que reflete quem você é e o impacto que quer deixar no mundo. Para mim, é o mesmo que a manifestação de Deus através da nossa missão aqui na Terra. E vamos combinar, ninguém veio aqui a passeio! 😉
E quando as coisas ficarem difíceis – porque elas vão ficar – lembre-se de que você não está sozinha(o). Todo(a) empreendedor(a) que você admira já passou pelos mesmos medos e incertezas que você irá passar.
Respire fundo, confie no processo e mantenha a congruência. Afinal, a marca mais poderosa que você pode criar é aquela que você vive todos os dias.
Quer ajuda para construir sua marca sem perder a sanidade?
Me chama! Eu te ajudo a transformar o “caos” em congruência.