O ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, agora deputado pelo PL-RJ, esteve envolvido no monitoramento das investigações dos assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes.
Esse monitoramento foi revelado durante a quarta fase da Operação Última Milha, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (11/07).
Segundo documentos da Polícia Federal, Alexandre Ramagem, enquanto dirigia a Abin, imprimiu um resumo das denúncias relacionadas ao caso Marielle em 2019. ‘O documento tinha como finalidade levar informações de ‘inteligência’ aos membros do Núcleo-Político’, detalha a representação.
Ainda de acordo com o relatório, o objetivo era ‘antecipar eventuais referências que pudessem indevidamente vincular este Núcleo-Político’ ao caso. Outras investigações também foram monitoradas durante a gestão de Ramagem na Abin, incluindo o atentado a faca contra o então pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PL), em 2018.