Nesta quinta-feira (11/07), foi deflagrada a 4ª fase da Operação Última Milha, que teve como um dos principais alvos o delegado da Polícia Federal Marcelo Araújo Bormevet. Bormevet, que faz parte da corporação desde 2005, ocupava o cargo de chefe do Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sob a gestão de Alexandre Ramagem, e anteriormente trabalhou na segurança da campanha de Jair Bolsonaro em 2018.
Bormevet foi afastado de sua posição na Subchefia Adjunta de Infraestrutura da Casa Civil em janeiro deste ano, após uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Este afastamento se deve à sua suposta participação em atividades de espionagem ilegais, envolvendo o uso de equipamentos como microfones, câmeras escondidas e drones. Servidores da Abin relataram que, sob a administração de Bormevet, além do uso do software espião FirstMile, a chamada ‘Abin paralela’ utilizava diversos equipamentos de vigilância sem os devidos processos legais.
Essas atividades incluíam a instalação de dispositivos de escuta e filmagem em locais estratégicos para coletar informações sem autorização.