O secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, manifestou-se oficialmente no sábado (22) sobre as especulações em torno de uma possível renúncia do Papa Francisco. Em sua primeira declaração pública sobre o assunto, Parolin classificou os rumores como “inúteis” e enfatizou que a prioridade atual é a recuperação do pontífice.
Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, Pietro Parolin foi categórico ao abordar as especulações: “Parecem-me todas inúteis especulações”. O cardeal reforçou que o foco deve estar na saúde do Papa, afirmando que “Agora pensamos na saúde do Santo Padre, na sua recuperação, no seu retorno ao Vaticano: essas são as únicas coisas que importam”.
De acordo com informações divulgadas pelo Vaticano, o estado de saúde do Papa é considerado crítico, com uma crise respiratória asmática prolongada. O boletim médico revelou complicações adicionais, incluindo trombocitopenia e anemia, que necessitaram de transfusões de sangue.
Quando questionado sobre a disseminação de notícias falsas relacionadas à saúde do pontífice, Pietro Parolin foi direto: “Sinceramente, devo dizer que não tenho conhecimento sobre a existência de manobras desse tipo e procuro, em todo caso, estar distante delas”. O cardeal reconheceu ser normal o surgimento de boatos em situações como essa, mas negou a existência de qualquer movimento organizado.
O secretário de Estado também mencionou que se colocou à disposição para visitar o Papa no hospital, embora até o momento não tenha sido necessário. Parolin ressaltou a importância do repouso do pontífice, indicando que “é melhor que ele permaneça protegido e receba o mínimo de visitas possível, para poder descansar e assim tornar mais eficazes as terapias a que está submetido.”