Como Kim Kardashian conseguiu atrair uma gigante como a Nike para uma parceria estratégica? E mais do que isso, o que essa união significa em termos de marketing e branding? Eu te explico neste artigo.
Kim Kardashian não é apenas uma celebridade; ela é uma marca pessoal consolidada que transcende fronteiras entre moda, entretenimento e negócios. Sua recente parceria com a Nike para o lançamento da linha NikeSkims não é apenas mais um movimento no universo das colaborações, mas uma prova definitiva do impacto que uma marca pessoal bem construída pode ter no mercado global.
Uma marca pessoal que movimenta bilhões
Se há algo que Kim Kardashian domina é a arte de construir narrativas que vendem. A Skims, sua marca de shapewear e moda íntima, foi avaliada em US$ 4 bilhões em 2023. Mais do que peças de vestuário, a Skims representa um novo olhar sobre o corpo feminino, trazendo inclusão, funcionalidade e um desejo de pertencimento que ressoou globalmente.
A Nike, por outro lado, é um império do esporte, mas vem enfrentando desafios no segmento feminino, especialmente com a ascensão de novas concorrentes que unem performance e estética de forma inovadora. A união entre Nike e Skims não é apenas um movimento de produto, mas uma estratégia inteligente de reposicionamento.
O que a Nike ganha com Kim Kardashian?
A Nike sempre soube escolher seus embaixadores. Michael Jordan, Serena Williams e Cristiano Ronaldo são exemplos de como a marca construiu sua autoridade ao longo das décadas. Mas a escolha de Kim Kardashian mostra que o jogo mudou. O marketing de influência se tornou uma força inegável, e a Nike quer se conectar de maneira mais autêntica com o público feminino.
Na minha visão essa parceria entrega três grandes ativos para a Nike:
Relevância no lifestyle feminino – Kim Kardashian não é apenas uma celebridade, mas uma referência de estilo e tendência. O público que consome Skims busca conforto e sofisticação, algo que a Nike pode capitalizar.
Conexão direta com um novo mercado – O engajamento de Kim Kardashian em suas redes sociais é gigantesco. Apenas no Instagram, ela ultrapassa 364 milhões de seguidores. Isso significa alcance massivo e uma nova forma de dialogar com as consumidoras.
Expansão para o segmento de moda atlética premium – A Nike sempre esteve na linha de frente da inovação esportiva, mas Skims traz um novo olhar, unindo performance e sensualidade. A proposta da coleção NikeSkims é um reflexo disso: roupas que moldam o corpo sem perder o desempenho.
O impacto da parceria no mercado
O anúncio da parceria causou um impacto imediato: as ações da Nike subiram 3,5% logo após a revelação, mostrando que o mercado enxerga essa aliança como uma jogada estratégica poderosa.
Além disso, a Nike está posicionando a colaboração para um lançamento global em 2026, com a primeira coleção chegando ao mercado norte-americano na primavera de 2025. A promessa é de peças que combinem a tecnologia Nike com o design minimalista e funcional da Skims.
O que aprendemos com essa movimentação?
Na minha experiência, construir uma marca pessoal forte é um dos ativos mais poderosos que um profissional ou empresa pode ter. Kim Kardashian soube transformar sua influência em um império. E a Nike, uma gigante consolidada, reconheceu o valor disso e entrou no jogo.
Essa parceria reforça três grandes verdades do branding:
Autenticidade vende – A marca pessoal de Kim Kardashian é coerente com o que entrega. Skims não é só um produto, é um conceito. E é isso que faz dela desejada.
Marcas precisam se adaptar ao novo mercado – A Nike percebeu que não bastava investir apenas em performance. Hoje, a moda esportiva precisa ser funcional e desejável.
Influência gera negócios reais – Engajamento não é só sobre curtidas, mas sobre impacto real no comportamento de compra. Kim Kardashian tem um exército de seguidoras dispostas a consumir o que ela endossa.
O futuro das marcas passa pela força da marca pessoal
O case NikeSkims é um exemplo perfeito de como o futuro das marcas não está apenas na força de um logotipo, mas na conexão que criam com as pessoas. Kim Kardashian representa uma nova era do marketing, onde a construção de uma marca pessoal pode ser tão ou mais valiosa do que o próprio produto.
Se a Nike, uma das marcas mais poderosas do planeta, decidiu apostar nisso, o que impede outras empresas de enxergar o valor da autenticidade e da influência?
A lição aqui é clara: marcas que se comportam como pessoas ganham relevância, enquanto pessoas que constroem marcas autênticas conquistam o mundo. Afinal, como sempre digo, na dinâmica do branding, as marcas se comportam como pessoas e as pessoas viram marcas.
E você, como está construindo sua marca pessoal?
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