Cada vez mais, as pessoas falam de como se percebem sozinhas. Embora a vida ocorra dentro de círculos sociais e familiares, a sensação de viver em isolamento e a dificuldade de encontrar espaços de troca estão presentes na rotina.
Desde que o bebê nasce, ele vai precisar estar junto – mas também separado – da Mãe, para poder se desenvolver. E se esta criança passou por muitas privações (ficou muito sozinho), pode ter desenvolvido muitas dificuldades nas relações e vínculos afetivos, e posteriormente no crescimento e desenvolvimento.
Os momentos de ficarmos sozinhos (solitude) podem ser muito bem-vindos, pois é deste lugar que aprendemos a nos conhecer melhor, a saber esperar e sobretudo a ter espaços criativos para podermos ter reflexões e conexões mais profundas. Porém, quando alguém se isola e deixa de ter participações com outras pessoas, pode existir um indicador de um grave processo depressivo. As famílias devem ficar preocupadas quando um de seus membros se isola, sejam jovens ou idosos.
Quando este jovem deixa de estar presente no seu círculo social e vai se fechando cada vez mais, interrompendo a comunicação com o mundo, é importante uma investigação dos pais para entender se existe a necessidade de procurar ajuda de um terapeuta ou psiquiatra. Quadros depressivos ou problemas de bullying na escola não podem ser negligenciados.
Também é preciso observar com cuidado quando idosos da família deixam de se alimentar bem, param de sair de casa e passam a ter uma conduta de evitar estar com outras pessoas.
Portanto, aqui vão alguns sinais para perceber se alguém pode estar numa solidão que mascara uma depressão:
1 Isolamento
2 Perda de interesse
3 Perda de apetite
4 Ingestão exagerada de bebidas ou drogas
5 Agressividade
6 Choros acompanhados de períodos de ausência
Vamos tentar entender a sutil diferença entre estar sozinho em um momento oportuno ao desenvolvimento e a solidão que pode ser um anúncio de um adoecimento psíquico e emocional.