A Petrobras está sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) devido a questionamentos sobre uma licitação de R$ 16,5 bilhões destinada à construção e afretamento de 12 embarcações de apoio, denominadas Platform Supply Vessels (PSVs). A investigação teve início após denúncia que aponta possível favorecimento no processo licitatório.
De acordo com informações divulgadas pelo jornalista Lauro Jardim, a Associação Brasileira de Usuários de Portos, Transportes e Logística apresentou uma denúncia alegando que alterações realizadas durante o processo beneficiaram especificamente duas empresas: Bram Offshore e Starnav, o que teria limitado a competitividade do certame.
Em resposta às acusações, a Petrobras emitiu um comunicado defendendo a legitimidade do processo, afirmando que a licitação seguiu rigorosamente todas as normas legais e procedimentos internos. A empresa destacou que o processo contou com a participação de sete empresas e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos aos órgãos de controle.
O BTG Pactual, em análise sobre o caso, reconheceu que a investigação pode gerar preocupações entre investidores quanto à governança corporativa da Petrobras. No entanto, o banco avalia que o impacto operacional e financeiro no curto prazo deve ser limitado, uma vez que o fluxo de caixa da empresa para os próximos dois anos está assegurado por projetos já em fase de produção.
A análise do BTG ressalta ainda que, embora as preocupações com governança sejam válidas, nenhum modelo está completamente livre de riscos. A expectativa é que o mercado não reaja de forma significativamente negativa a este episódio específico, considerando seu impacto restrito nas operações da companhia.