A Terra atingiu um marco histórico e preocupante em 2024, registrando o ano mais quente já documentado, com temperaturas que ultrapassaram temporariamente o limite crítico de 1,5ºC estabelecido pelo Acordo de Paris. O aumento foi tão significativo que superou facilmente o recorde anterior de 2023, conforme anunciado por diversas agências de monitoramento meteorológico.
Segundo dados coordenados do Serviço de Mudança Climática Copernicus, do Met Office britânico e da agência meteorológica japonesa, as medições revelaram um cenário alarmante:
* A equipe europeia registrou um aquecimento de 1,6ºC
* Os cientistas japoneses identificaram um aumento de 1,57ºC
* O grupo britânico documentou uma elevação de 1,53ºC
Samantha Burgess, líder estratégica de clima em Copernicus, afirmou que “a principal razão para essas temperaturas recordes é o acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera”.
O dia 10 de julho foi registrado como o mais quente da história, com média global de 17,16ºC. Os últimos dez anos foram confirmados como os mais quentes já registrados, possivelmente os mais elevados em 125 mil anos.
Os efeitos dessa elevação de temperatura já são evidentes globalmente:
* Perdas estimadas em US$ 140 bilhões por desastres climáticos em 2023
* Eventos extremos como o furacão Helene e inundações na Espanha
* Mudanças abruptas no clima alimentando incêndios florestais na Califórnia