Criança autista de BH luta contra compulsão alimentar causada por remédio

Criança autista de BH luta contra compulsão alimentar causada por remédio

Menino, que pesa 117 quilos, sofre com efeitos colaterais da risperidona, medicamento que inibe a saciedade

Antônio, um menino autista de 9 anos residente em Belo Horizonte, enfrenta uma batalha contra a compulsão alimentar causada pelo uso do medicamento risperidona. Pesando atualmente 117 quilos, sua família busca alternativas para seu tratamento através de uma combinação de Canabidiol e Ozempic.

Diagnosticado aos 3 anos com autismo, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Opositor Desafiador (TOD), Antônio começou a utilizar a risperidona devido a episódios de autoagressão e comportamento agressivo que se intensificaram antes da pandemia de Covid-19.

A pedagoga Fernanda Antônia Pereira Pimenta, de 48 anos, mãe de Antônio, explica: “Ele não nunca sabe a hora de parar de comer. Agora, pesquisando, a gente viu que o Canabidiol, juntamente com o Ozempic, é uma solução para tirar a risperidona. Ele ficaria só com Canabidiol. Já o Ozempic é um tratamento a curto prazo, de seis a oito meses”.

Campanha para novo tratamento

* Os pais de Antônio iniciaram uma campanha para arrecadar R$ 25 mil para custear o novo tratamento
* O plano inclui consultas especializadas, sendo a primeira marcada para 22 de janeiro, no valor de R$ 490
* Segundo os médicos, a nova combinação de medicamentos pode ajudar Antônio a perder 47 quilos, atingindo o peso de 70 quilos em oito meses

“A gente sabia dos riscos, mas veio a pandemia de Covid-19, a dose foi aumentando e ele entrou em um ciclo de compulsão alimentar medicamentosa”, relata a mãe, que já iniciou o tratamento com ajuda de amigos e familiares.

A família também busca obter o Canabidiol através do governo, um processo que pode levar até um ano e meio. “O médico que nos deu a primeira sugestão falou que, em oito meses, é possível a gente alcançar esse peso. A questão de manter o peso depois é um trabalho que tem de ser feito junto com a equipe multidisciplinar, com psicopedagogo, psicólogo e terapeuta ocupacional”, explica Fernanda, lembrando uma frase impactante do médico: “o autismo não mata, mas a obesidade mata”.

Para contribuir com o tratamento de Antônio, interessados podem acessar a vakinha online “Todos Pela Saúde do Antônio (Caririco)”.

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