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A Marinha do Brasil anunciou hoje (9) a retomada das operações de mergulho para buscar as três pessoas que ainda estão desaparecidas após o acidente na Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Maranhão e Tocantins. A decisão foi possível após o Consórcio Estreito Energia (CESTE) informar que poderia controlar a vazão das águas da usina hidrelétrica por mais alguns dias.
As buscas haviam sido temporariamente suspensas devido à necessidade de abertura das comportas da barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito, em razão do aumento do volume do reservatório causado pelas chuvas na região.
* A ponte desabou no dia 22 de dezembro de 2024, levando à queda de três veículos de passeio, três motocicletas e quatro caminhões no rio, com um total de 18 pessoas.
* As operações de busca e resgate iniciaram no mesmo dia do acidente, com o uso de embarcações.
* No dia 23 de dezembro, uma equipe de 64 mergulhadores especializados, composta por militares da Marinha do Brasil e Corpos de Bombeiros de diversos estados, começou a atuar no local.
* Até o momento, 14 pessoas foram localizadas e identificadas, enquanto três continuam desaparecidas: Salmon Alves Santos (65 anos), Felipe Giuvannuci Ribeiro (10 anos) e Gessimar Ferreira da Costa (38 anos).
Entre os veículos submersos, dois caminhões transportavam ácido sulfúrico e um carregava agrotóxicos (Carnadine, PIQUE 240SL e Tractor). A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizaram análises emergenciais da água entre 24 e 29 de dezembro, não encontrando indícios de contaminação.
O Ibama alertou que o risco de contaminação persiste enquanto o material químico permanecer no rio, tendo acionado as empresas transportadoras para auxiliarem na elaboração de Planos de Atendimento à Emergência. A empresa Sumitomo, responsável pelo caminhão com agrotóxicos, já contratou mergulhadores profissionais para verificar a posição do veículo e das bombonas no fundo do rio.
A Base Avançada de Mergulho da Marinha precisou ser deslocada para uma área mais elevada devido ao risco de alagamento causado pelo aumento da vazão das águas da usina fora das janelas de mergulho.
