O grupo É o Tchan, ícone da música baiana, está se preparando para celebrar os 40 anos do axé music em 2025. Em entrevista, Beto Jamaica e Compadre Washington, vocalistas do grupo, revelaram planos ambiciosos para marcar essa data histórica, incluindo releituras de clássicos e novas parcerias musicais.
Com três décadas de história, o grupo que nasceu como GeraSamba se tornou um fenômeno da música brasileira, vendendo mais de 16 milhões de discos e criando coreografias que marcaram gerações. O grupo foi responsável por revelar talentos como Carla Perez, Jacaré e as dançarinas Scheila Mello e Scheila Carvalho.
* O grupo já começou as comemorações com o lançamento de “Jogadinha”, música disponível nas plataformas digitais que traz uma homenagem a Luiz Caldas, considerado o pai do axé
* A nova música incorpora elementos do fricote, marca registrada do fim dos anos 80, com uma mistura de percussão, samba e pagodão
* Uma parceria com o grupo Parangolé resultou na música “Sol, Verão, Relaxa”, que já ultrapassou dois milhões de visualizações no YouTube
Beto Jamaica revelou que novidades serão lançadas às vésperas do carnaval: “Vão ser músicas dos velhos carnavais, com a nossa batida e raiz. Vamos lançar na boca do carnaval e vai ser algo bem diferente, que as pessoas não viram ainda, gostoso e saudosista”.
Compadre Washington ressalta a importância histórica do grupo para o pagode baiano: “Quando começamos, lá nos anos 90, só tinha a gente fazendo esse tipo de música. Aí depois as coisas cresceram, né? Harmonia do Samba, Parangolé, vieram depois da gente e continuam muito fortes, mas a gente que começou esse trabalho lá atrás”.
O legado do É o Tchan é reconhecido por artistas contemporâneos, como Xanddy Harmonia, que declarou: “Se eu estou aqui é porque existe uma banda Gera Samba e uma banda chamada É o Tchan. Se não fosse por eles, Beto e Washington, talvez a gente não estivesse aqui”.
Beto Jamaica encerra falando sobre o futuro do grupo: “É um sonho nosso, alcançar 60, 80 anos cantando, continuar fazendo projetos musicais com outros artistas e principalmente levar nossa música para muitas outras gerações. A gente não pode parar com esse samba duro, senão vai se modificar até acabar”.