O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) iniciou uma investigação contra a vereadora Ivanete Mãe do Wellitin (Mobiliza), a mais votada de Esmeraldas, por suspeita de captação ilícita de sufrágio. O processo também inclui o prefeito reeleito Marcelo Nonato (Solidariedade), o vice-prefeito eleito Gustavo do Dedé (Mobiliza), o líder comunitário Wellington Adriano Silva Júnior e Pedro Augusto de Souza Ferreira.
A investigação, aberta pela Promotoria Eleitoral de Minas Gerais, faz parte de uma apuração sobre possíveis irregularidades nas eleições municipais. O caso já foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
* Em novembro, a Polícia Civil realizou duas operações em imóveis relacionados aos investigados, resultando na apreensão de celulares e documentos
* Durante as operações, foi confiscado o celular de Wellington Adriano, de 35 anos, líder comunitário influente e filho de Ivanete
* As ações policiais foram concentradas no bairro Conjunto Habitacional Presidente Castelo Branco
Ivanete foi eleita com 1.193 votos pela coligação “Continuidade, Trabalho e Progresso”, formada pelos partidos Mobiliza e Solidariedade. Durante a campanha, recebeu apoio do prefeito reeleito Marcelo Nonato, a quem também declarou apoio, e de Gustavo do Dedé, atual presidente da Câmara Municipal e vice-prefeito eleito.
Em resposta às investigações, Ivanete publicou uma nota em suas redes sociais alegando perseguição política: “É evidente que estamos diante de uma perseguição política, uma tentativa de desestabilizar e descredibilizar a escolha legítima e democrática do povo. Essa campanha de fake news tem o objetivo de manchar a reputação de pessoas que têm trabalhado com ética e dedicação para representar os interesses da comunidade”.
O processo foi instaurado um dia antes da diplomação dos eleitos, programada para sexta-feira (13) na Câmara Municipal de Esmeraldas. Apesar da investigação em curso, Ivanete deve tomar posse em janeiro do próximo ano.