O Censo 2022 do IBGE revelou que aproximadamente 2,5 milhões de brasileiros ainda vivem em moradias consideradas precárias, incluindo domicílios com paredes de madeira reaproveitada e casas de taipa sem revestimento. O levantamento também identificou que pessoas pretas e pardas representam, proporcionalmente, a maioria dos residentes nessas condições.
De acordo com o estudo, os indicadores de precariedade incluem não apenas o tipo de revestimento das paredes, mas também a existência de mais de dois moradores por dormitório e a ausência de máquina de lavar roupas e internet na habitação.
* Casas de taipa sem revestimento são as mais comuns, abrigando cerca de 1,3 milhão de pessoas (0,6% da população), uma redução em comparação aos 1,01% registrados em 2010
* Aproximadamente 285 mil pessoas (0,1% da população) vivem em moradias feitas com madeira reaproveitada e embalagens
* Cerca de 960 mil pessoas habitam em construções com outros materiais considerados precários
* Oito dos nove municípios onde mais de 25% dos habitantes vivem em casas de taipa sem revestimento estão localizados no Maranhão
* 14,1% da população autodeclarada preta e 15,1% da parda vivem em domicílios sem revestimento nas paredes
* Entre brancos e amarelos, os percentuais são menores: 10% e 5,2%, respectivamente
* 56% da população indígena reside em domicílios com paredes diferentes de alvenaria ou taipa revestida, embora isso não necessariamente indique precariedade devido às características culturais específicas
O IBGE registrou que 87% da população brasileira vive em casas com paredes revestidas, seja de alvenaria ou taipa, representando um aumento significativo em comparação aos 79% registrados em 2010.