Israel anunciou uma mobilização militar na região desmilitarizada das Colinas de Golã, território disputado com a Síria, caracterizando a ação como “limitada e temporária”. A movimentação ocorre em meio a tensões crescentes na região após a queda do governo de Bashar al-Assad na Síria.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, defendeu a medida durante uma entrevista coletiva em Jerusalém, enfatizando que a ação foi tomada exclusivamente por “razões de segurança”. A decisão foi anunciada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que ordenou ao exército israelense “tomar” uma “zona de amortecimento” nas Colinas de Golã.
A região das Colinas de Golã tem um histórico complexo de disputas territoriais. Israel tomou parte do território da Síria durante a guerra de 1967 e posteriormente anexou uma porção desta área estratégica em 1981. Esta anexação, contudo, não é reconhecida pela comunidade internacional, com exceção dos Estados Unidos.
A movimentação militar israelense na zona desmilitarizada tem gerado críticas internacionais, sendo considerada uma violação do direito internacional e uma afronta à soberania territorial árabe.