Em sua primeira agenda pública após a derrota no segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) fez críticas diretas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante discurso no Sindicato dos Bancários da capital paulista nesta quinta-feira, 7.
Durante seu pronunciamento, Boulos abordou especificamente as aspirações presidenciais para 2026, fazendo declarações contundentes sobre os principais nomes da direita no cenário político atual:
* Sobre Tarcísio de Freitas, Boulos foi categórico ao afirmar que o atual governador de São Paulo “não será presidente” em 2026, criticando sua gestão estadual e a privatização da Sabesp.
* Em relação a Bolsonaro, o deputado do PSOL comentou sobre a possível anistia que está sendo articulada no Congresso para reverter sua inelegibilidade, afirmando que qualquer plano eleitoral do ex-presidente terá que “passar por cima” da esquerda.
* Boulos também destacou seu apoio ao presidente Lula, declarando que o petista é “quem pode livrar o Brasil da barbárie”, reforçando a necessidade de união contra a extrema direita.
O parlamentar fez uma distinção entre o que chamou de duas vertentes da direita: uma “raiz e virulenta”, representada por Bolsonaro, e outra que “come de garfo e faca”, em referência indireta a Tarcísio de Freitas.
Ao comentar sobre sua recente derrota na eleição municipal, onde obteve 2.323.901 votos (40,65% dos válidos) contra Ricardo Nunes, que se reelegeu com 3.393.110 votos (59,35% dos válidos), Boulos argumentou que enfrentou não apenas um candidato, mas uma “máquina” poderosa. Ele ainda sugeriu que a campanha de Nunes faz parte de um projeto maior que pretende usar São Paulo como “trampolim” para um possível retorno da extrema direita em 2026.
O discurso de Boulos demonstra sua clara posição de oposição aos projetos políticos tanto de Tarcísio quanto de Bolsonaro, sinalizando uma continuidade em seu papel de antagonista às forças conservadoras no cenário político nacional.