A Dívida Pública Federal (DPF) registrou uma queda significativa em setembro, ficando abaixo dos R$ 7 trilhões. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 7,035 trilhões em agosto para R$ 6,948 trilhões no mês passado, representando uma redução de 1,25%.
O declínio foi principalmente influenciado pelo alto volume de vencimentos de títulos vinculados aos juros básicos da economia. Esta mudança colocou temporariamente a DPF abaixo do previsto no Plano Anual de Financiamento (PAF), que projetava um encerramento de 2024 entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) apresentou uma queda de 1,13%, passando de R$ 6,716 trilhões em agosto para R$ 6,64 trilhões em setembro. O Tesouro resgatou R$ 126 bilhões a mais em títulos do que emitiu, principalmente em papéis corrigidos pela Taxa Selic.
A apropriação de juros de R$ 50,03 bilhões impediu uma queda mais acentuada da dívida. Este processo, no qual o governo reconhece mensalmente a correção dos juros sobre os títulos, pressiona o endividamento, especialmente com a Taxa Selic em 10,75% ao ano.
No mercado externo, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) diminuiu 3,71%, passando de R$ 319,17 bilhões em agosto para R$ 307,34 bilhões em setembro. Esta redução foi causada pelo vencimento de títulos brasileiros no mercado internacional e pela queda de 3,68% do dólar no mês.
A proporção de títulos corrigidos pela Selic na DPF caiu de 46,85% em agosto para 45,33% em setembro, enquanto a de títulos prefixados aumentou de 22,2% para 23,01%. Já a fatia de títulos corrigidos pela inflação subiu de 26,43% para 27,25%.
O prazo médio da DPF aumentou de 4,11 para 4,18 anos, indicando uma maior confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar seus compromissos.