A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,4% no terceiro trimestre de 2024, atingindo o menor nível da série histórica iniciada em 2012 para o período até setembro, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este resultado representa uma queda significativa em relação ao segundo trimestre, quando a taxa estava em 6,9%.
O novo índice superou as expectativas do mercado financeiro, que projetava uma taxa de 6,5%, de acordo com a agência Bloomberg. A redução no desemprego é atribuída à expansão contínua da demanda por trabalhadores em diversos setores da economia.
O número de desempregados no país foi estimado em 7 milhões no terceiro trimestre, uma redução em comparação aos 7,5 milhões registrados no trimestre anterior. Esta estatística considera pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e ativamente buscando oportunidades.
Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, comentou sobre o resultado: ‘A queda da desocupação resulta da contínua expansão dos contingentes de trabalhadores que estão sendo demandados por diversas atividades econômicas’.
O desempenho positivo do mercado de trabalho tem impulsionado o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Economistas apontam que a sequência de avanços no emprego e na renda tende a beneficiar o consumo das famílias, considerado um motor importante da atividade econômica.
Apesar dos benefícios para o crescimento econômico, o aquecimento do mercado de trabalho traz alertas sobre possíveis impactos na inflação. O aumento contínuo na demanda por bens e serviços pode exercer pressão sobre os preços, desafiando o processo de desinflação em curso.
É importante notar que uma taxa de desemprego menor do que a atual só foi registrada nos três meses encerrados em dezembro de 2013, quando atingiu 6,3%.