Em meio a um cenário de instabilidade nos mercados interno e externo, o dólar superou a marca de R$ 5,75 nesta terça-feira (29), atingindo o patamar mais alto desde março de 2021. A bolsa de valores, por sua vez, iniciou o dia em alta, mas encerrou próxima à mínima.
O dólar comercial finalizou o dia cotado a R$ 5,756, registrando um aumento de R$ 0,053 (+0,92%). Apesar de uma breve queda pela manhã, a moeda norte-americana disparou à tarde, intensificando sua alta próximo ao encerramento do pregão.
A valorização do dólar ocorreu após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A moeda acumula uma alta de 5,75% em outubro e impressionantes 18,61% no ano de 2024.
No mercado acionário, a volatilidade também se fez presente. O índice Ibovespa, da B3, encerrou aos 130.730 pontos, com uma queda de 0,37%. Inicialmente, o indicador abriu em alta, mas reverteu a tendência ainda pela manhã.
Fatores domésticos e internacionais foram determinantes para o comportamento do mercado financeiro. No cenário global, as moedas latino-americanas sofreram forte desvalorização devido às tensões eleitorais nos Estados Unidos. A possibilidade de vitória do candidato republicano Donald Trump e uma potencial nova rodada de aumento de tarifas comerciais fortaleceram o dólar globalmente.
No âmbito doméstico, investidores reagiram negativamente às declarações do ministro Fernando Haddad sobre o pacote de corte de gastos, que ainda não possui números definidos nem data de divulgação. Inicialmente prevista para quarta-feira, a reunião entre Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi antecipada para a noite desta terça-feira no Palácio da Alvorada.