O estado de Minas Gerais enfrenta um aumento alarmante nos casos de coqueluche em 2023. Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), até 12 de outubro, foram confirmados 287 casos da doença, um número 20 vezes maior que o total registrado em todo o ano de 2023. Além disso, dois bebês morreram vítimas da infecção, quebrando um período sem óbitos desde 2019.
O boletim mais recente da SES-MG, divulgado em 18 de outubro, revela um aumento significativo nos casos confirmados, passando de 264 para 287 em apenas uma semana. O número de casos suspeitos também cresceu, atingindo 844 notificações em investigação.
As duas mortes registradas este ano envolveram bebês muito jovens. O primeiro óbito ocorreu em 19 de julho, vitimando um bebê de um mês e 23 dias em Poços de Caldas, no Sul de Minas. A criança ainda não havia recebido nenhuma dose da vacina devido à sua idade, e a mãe também não foi imunizada durante a gestação.
O segundo caso fatal foi reportado em Belo Horizonte, envolvendo um bebê do sexo masculino com apenas um mês de idade. Novamente, a mãe não havia sido vacinada contra a coqueluche durante a gravidez.
A SES-MG enfatiza que a vacinação é a medida mais eficaz para prevenir a coqueluche. Todas as gestantes devem ser imunizadas, com o número de doses dependendo da situação vacinal individual.
Para crianças menores de um ano, o esquema vacinal inclui três doses da vacina pentavalente, administradas aos dois, quatro e seis meses de vida. Esta vacina protege contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenzae tipo b e hepatite B.
Reforços adicionais com a vacina DTP são recomendados aos 15 meses e aos quatro anos de idade, oferecendo proteção contra difteria, tétano e coqueluche.
As vacinas estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Unidades Básicas de Saúde e salas de vacina dos municípios.