O Brasil alcançou um marco significativo na área da saúde, com 575.930 médicos ativos, estabelecendo uma proporção de 2,81 profissionais por mil habitantes. Este é o maior índice já registrado no país, conforme revelado pelo estudo Demografia Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM). A pesquisa também projeta que o Brasil terá 1,3 milhão de médicos até 2035, indicando um crescimento contínuo na área médica.
Desde o início da década de 1990, o número de médicos no Brasil mais que quadruplicou, passando de 131.278 para a quantidade atual, registrada em janeiro de 2024. Este aumento é impressionante quando comparado ao crescimento populacional no mesmo período:
Enquanto a população brasileira cresceu 42%, passando de 144 milhões para 205 milhões, o número de médicos aumentou oito vezes mais.
Entre 1990 e 2023, a população médica registrou um crescimento médio de 5% ao ano, em contraste com o aumento médio de 1% ao ano da população em geral.
O maior salto no volume de médicos ocorreu de 2022 a 2023, com um aumento de 6,5%, elevando o contingente de 538.095 para 572.960 profissionais.
Com o índice de 2,8 médicos por mil habitantes, o Brasil agora se equipara ao Canadá e supera países como Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e México.
O CFM atribui este crescimento à expansão do ensino médico, especialmente nas últimas duas décadas, e à crescente demanda por serviços de saúde.
A idade média dos médicos em atividade no Brasil é de 44,6 anos, com uma diferença notável entre gêneros: homens têm em média 47,4 anos, enquanto as mulheres têm 42 anos.
Existe também uma disparidade no tempo de formação: em média, os médicos têm 21 anos de formados, enquanto as médicas têm 16 anos.
O Brasil possui atualmente 389 escolas médicas, o segundo maior número no mundo, atrás apenas da Índia.
A quantidade de faculdades de medicina quase quintuplicou desde 1990, quando o total era de 78.
Nos últimos dez anos, foram criadas 190 novas escolas médicas, superando o total de todo o século passado.