O primeiro debate do segundo turno das eleições para a prefeitura de Belo Horizonte, promovido pelo Grupo Bandeirantes nesta segunda-feira (14), transformou-se em uma entrevista de 45 minutos com Bruno Engler (PL) devido à ausência do atual prefeito e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD). Engler, apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, aproveitou a oportunidade para criticar seu oponente e apresentar suas propostas para a cidade.
Bruno Engler não poupou críticas à ausência de Fuad Noman, afirmando: ‘O prefeito tem tempo para fazer campanha, para dar entrevista, mas não tem tempo para debater a cidade’. O candidato do PL sugeriu que o motivo real da ausência era que Fuad ‘não consegue defender o indefensável e nem justificar o injustificável’.
Quando questionado sobre sua suposta falta de experiência na gestão municipal, Engler rebateu dizendo que ‘não quer’ a experiência do atual prefeito. Ele criticou a administração de Fuad, afirmando: ‘Promete muito e entrega pouco. Ele começa a fazer obra em ano eleitoral. Lota a cidades de tapumes e fala que vai concluir em segundo mandato’.
Engler prometeu abrir a ‘caixa-preta’ da BHTrans caso seja eleito, declarando: ‘Irei auditar todos esses contratos e se houver qualquer irregularidade não tenho receio algum de suspender ou rescindir’. Ele alegou que essa promessa, feita anteriormente pelo ex-prefeito Alexandre Kalil, não teria sido cumprida.
Na área da educação, o candidato do PL não se comprometeu com o pagamento integral do piso salarial para profissionais da educação municipal antes de assumir a prefeitura, mas garantiu manter o diálogo com representantes sindicais. ‘Os sindicatos tem toda legitimidade, cada um representando sua categoria e precisam ser ouvidos’, afirmou.
Engler propôs aumentar o número de consultas por telemedicina e criar um aplicativo para mostrar em tempo real o tempo de espera por atendimento nas unidades de saúde, bem como a disponibilidade de medicamentos nos postos. Sobre vacinação, ele garantiu que faria campanhas se eleito, apesar de ter declarado anteriormente não ter se vacinado contra a Covid-19.
Na área de segurança, o candidato mencionou um projeto de lei de sua autoria na Assembleia Legislativa de Minas Gerais sobre a contratação de empresas privadas para segurança armada em escolas estaduais, não descartando a possibilidade de implementar algo similar no sistema municipal.