O agronegócio brasileiro atingiu um marco histórico no segundo trimestre de 2024, empregando 28,6 milhões de pessoas. Este número representa o maior registro desde o início da série histórica em 2012, superando inclusive os resultados do primeiro trimestre do mesmo ano. Os dados foram divulgados pelo boletim ‘Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro’.
A expansão do emprego no setor é atribuída principalmente ao avanço tecnológico e à crescente ênfase na sustentabilidade. Estas tendências estão criando novas oportunidades de trabalho e transformando o perfil profissional demandado pelo agronegócio.
Fernanda Raggi, bióloga e mestre em sustentabilidade, destacou em entrevista ao jornalista Fabiano Frade no programa ‘Entrevista Agro’ a mudança significativa na contratação de profissionais no setor. Ela observou: ‘Até pouco tempo atrás, os produtores contratavam apenas um agrônomo e um veterinário e agora, com a inserção de tecnologias como os drones de pulverização e outras de irrigação, eles estão sentindo a necessidade de outros profissionais’.
A especialista também enfatizou a importância crescente das consultorias especializadas em licenças ambientais, essenciais para a gestão ambiental das propriedades rurais. Esta tendência reflete um compromisso maior do setor com práticas sustentáveis e conformidade regulatória.
O uso de tecnologias avançadas, como drones de pulverização e sistemas de irrigação modernos, está criando demanda por profissionais com habilidades técnicas específicas. Isso está diversificando o pool de talentos no agronegócio, indo além dos papéis tradicionais de agrônomos e veterinários.
A sustentabilidade emergiu como um foco principal no agronegócio, impulsionando a criação de novos postos de trabalho. Profissionais especializados em gestão ambiental e práticas sustentáveis estão se tornando cada vez mais valiosos para o setor.
O recorde de empregos no agronegócio brasileiro não apenas destaca o crescimento do setor, mas também sinaliza uma mudança significativa em direção a práticas mais tecnológicas e sustentáveis. Esta evolução promete continuar moldando o futuro do agronegócio no país, criando um setor mais diversificado e resiliente.