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Minas Gerais registrou pelo segundo mês consecutivo um saldo negativo na geração de empregos formais. Segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o estado encerrou novembro com uma redução de 8.740 postos de trabalho com carteira assinada, resultado de 198.677 admissões contra 207.417 desligamentos.
O cenário em Minas Gerais contrasta com o panorama nacional, que apresentou um saldo positivo de 85.864 vagas no mesmo período, impulsionado principalmente pelos setores de comércio e serviços. No país, foram registradas 1.979.902 contratações e 1.894.038 demissões.
Análise setorial em Minas Gerais:
* A construção civil foi o setor mais afetado, registrando uma perda significativa de 8.447 postos de trabalho
* O setor agropecuário apresentou redução de 4.425 empregos
* A indústria também contribuiu negativamente com o fechamento de 3.039 vagas
* O comércio, impulsionado pelo movimento de fim de ano, foi o destaque positivo com a criação de 6.339 novas vagas
* O setor de serviços apresentou saldo positivo de 838 postos
Em Belo Horizonte, capital mineira, o cenário seguiu a tendência estadual, com impacto negativo principalmente na construção civil. O setor de serviços apresentou melhor desempenho, concentrando a maior parte das vagas criadas no município.
O superintendente regional do Trabalho em Minas Gerais, Carlos Calazans, comentou sobre o resultado: “Já esperávamos por esses números em função do fim das safras no campo. É importante acompanhar a desaceleração da indústria e da construção civil e ressaltar o bom desempenho dos setores de comércio e serviços, que continuam gerando empregos em Minas Gerais”.
O resultado negativo em Minas Gerais reflete uma combinação de fatores sazonais, como o fim das safras agrícolas, e desafios específicos em setores tradicionalmente importantes para a economia do estado, como a construção civil e a indústria.
