O sistema Paraopeba, principal responsável pelo abastecimento de água em Belo Horizonte e região metropolitana, atingiu seu menor nível dos últimos seis anos para o mês de dezembro, operando com apenas 46,6% de sua capacidade total. O sistema, composto pelas represas Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores, enfrenta uma queda significativa em seus volumes devido às temperaturas recordes registradas na capital.
Este índice não era tão baixo desde dezembro de 2019, quando os reservatórios operavam com 45,6%. A situação atual coincide com um período de calor intenso na região, o que naturalmente eleva o consumo de água pela população.
A Copasa, por meio de nota, afirmou que o índice atual está “dentro da normalidade para esta época do ano”. A companhia explicou que “graças ao volume atual armazenado e ao consumo consciente da população, a continuidade do abastecimento segue de maneira regular na maior parte da Região Metropolitana de Belo Horizonte”.
A companhia está implementando medidas operacionais e recomenda à população:
* Manter a torneira fechada durante atividades como escovar os dentes, fazer a barba e ensaboar louças
* Utilizar balde em vez de mangueira para lavar carros
* Empregar vassoura para limpar calçadas
* Concentrar lavagem de roupas em apenas duas vezes por semana
* Verificar regularmente a tubulação para evitar vazamentos
A Copasa alertou que condições climáticas extremas podem provocar instabilidades pontuais no abastecimento, especialmente em regiões mais distantes ou localizadas em áreas de maior altitude. “Nesses casos, regiões mais distantes ou localizadas em áreas de maior altitude (cotas elevadas) são as mais suscetíveis a oscilações no fornecimento”, informou a companhia.
O Sistema Produtor Paraopeba opera de forma integrada, com monitoramento conjunto dos reservatórios para garantir maior segurança operacional. A oscilação dos níveis, com esvaziamento no período seco e recomposição no período chuvoso, faz parte do ciclo operacional esperado dessas estruturas.