Violência contra LGBTQIA+ cresce em Minas Gerais

Violência contra LGBTQIA+ cresce em Minas Gerais

Estado registrou 543 ocorrências até outubro de 2025, com casos emblemáticos de violência contra a comunidade LGBTQIA+, incluindo ataques homofóbicos e transfóbicos

Em 2025, Minas Gerais registrou diversos casos significativos de violência contra a comunidade LGBTQIA+ e crimes de importunação sexual. De acordo com o Observatório da Segurança Pública de Minas Gerais, foram contabilizados 543 registros de ocorrências envolvendo crimes contra a população LGBTQIA+ até outubro, número próximo ao total de 2024, que registrou 546 casos. Belo Horizonte liderou as estatísticas com 140 ocorrências.

Três casos emblemáticos marcaram o ano:

* Em julho, uma dentista foi vítima de importunação sexual em Igarapé, na Grande BH. O agressor, Rames Ossen Ali Júnior, foi flagrado por câmeras de segurança cometendo o crime durante um atendimento odontológico. Ele foi condenado a três anos de prisão em regime fechado e encontra-se custodiado no presídio Inspetor José Martinho Drumond.

* Em agosto, um casal LGBTQIA+ sofreu um ataque homofóbico em um supermercado no Bairro Buritis, em Belo Horizonte. O agressor proferiu ofensas homofóbicas e foi indiciado, tornando-se réu no processo. Uma das vítimas, Gabriela Fernandes, relatou continuar recebendo ameaças, inclusive contra seu filho. Uma audiência de instrução foi marcada para 9 de fevereiro.

* Em novembro, Ayla Vitória foi alvo de transfobia no banheiro feminino de uma unidade da academia Pratique, na região da Pampulha. A agressora questionou sua presença no local e proferiu insultos transfóbicos. O inquérito foi concluído pela Polícia Civil, que indiciou a suspeita por transfobia.

A dentista vítima de importunação sexual declarou em entrevista ao g1: “Foi um período muito doloroso, e a condenação de 3 anos em regime fechado traz algum sentimento de justiça. Nada apaga o que aconteceu, mas saber que o caso foi tratado com responsabilidade me ajuda a reconstruir minha tranquilidade”.

Gabriela Fernandes, vítima do ataque homofóbico, expressou: “A gente sai de casa com medo, volta de casa com medo, porque ele mora perto. A partir do dia que aconteceu isso, eu recebo ameaças, muitas virtuais também”.

Os casos evidenciam a persistência da violência de gênero e crimes de ódio em Minas Gerais, demonstrando a importância das denúncias e do combate a estas formas de discriminação.

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