Os Estados Unidos, sob comando do presidente Trump, realizaram ataques contra bases do Estado Islâmico (EI) no noroeste da Nigéria, onde militantes mantêm uma insurgência prolongada. A operação atingiu campos do grupo no estado de Sokoto, próximo à fronteira com o Níger, resultando em “múltiplas” baixas, segundo avaliação inicial das Forças Armadas americanas.
Trump classificou os ataques como “poderosos e mortais” e denominou o grupo como “escória terrorista”, alegando que eles vinham “atacando e matando cruelmente, principalmente, cristãos inocentes”. No entanto, o ministro das Relações Exteriores da Nigéria, Yusuf Maitama Tuggar, enfatizou que se tratava de uma “operação conjunta” sem relação com questões religiosas específicas.
Principais aspectos da operação:
* Em novembro, Trump havia ordenado que as Forças Armadas dos EUA se preparassem para ação na Nigéria visando combater grupos militantes islâmicos
* O Departamento de Defesa dos EUA divulgou imagens mostrando um míssil sendo lançado de um navio militar durante a operação
* O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, expressou gratidão pela cooperação do governo nigeriano
* O Ministério das Relações Exteriores da Nigéria confirmou seu compromisso com a cooperação internacional em matéria de segurança
Contexto do conflito:
* Grupos como Boko Haram e Estado Islâmico da África Ocidental atuam na região há mais de uma década
* Organizações que monitoram a violência afirmam não haver evidências de que cristãos sejam mais visados que muçulmanos
* A Nigéria está dividida quase igualmente entre seguidores do cristianismo e do islamismo
Trump havia anteriormente declarado a Nigéria como “país de especial preocupação” devido a supostas ameaças à população cristã, embora sem apresentar evidências concretas. O presidente nigeriano Bola Tinubu ressaltou a existência de tolerância religiosa no país e afirmou que os desafios de segurança afetam pessoas de todas as religiões e regiões.
A operação ocorre em um momento de intensificação das ações militares americanas contra o Estado Islâmico, incluindo recentes ataques na Síria, onde forças dos EUA e da Jordânia realizaram operações contra mais de 70 alvos na região central do país.