O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou por unanimidade a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra três acusados de planejar um atentado terrorista próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília em dezembro de 2022. A decisão transforma os investigados em réus por crimes relacionados à tentativa de ruptura da ordem democrática.
Os acusados George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza teriam planejado explodir um caminhão-tanque com 63 mil litros de querosene de aviação, com o objetivo de causar instabilidade social e justificar uma intervenção militar.
* George Washington de Oliveira Sousa é apontado como o responsável pela fabricação do artefato explosivo
* Alan Diego dos Santos Rodrigues, com auxílio de Wellington Macedo de Souza, teria instalado a bomba no caminhão-tanque próximo ao aeroporto
* Os três acusados integravam o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, formado por apoiadores de pautas antidemocráticas após as eleições presidenciais de 2022
Os réus responderão por associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança do transporte aéreo. O relator Alexandre de Moraes confirmou que a denúncia atende todos os requisitos legais para abertura da ação penal.
Os acusados já haviam sido condenados pela 8ª Vara Criminal de Brasília por colocar em risco vidas e patrimônio mediante uso de explosivos. A nova ação amplia as acusações, enquadrando o episódio como parte de uma tentativa organizada de ataque às instituições democráticas.
As defesas contestam as acusações. O advogado de Wellington Macedo argumenta que não havia detonador no material apreendido. A defesa de Alan Diego nega qualquer intenção contra a ordem constitucional. Já os representantes de George Washington optaram por não se manifestar publicamente, reservando seus argumentos para os autos do processo.