O Tribunal de Contas da União (TCU) estabeleceu prazo de 72 horas para que o Banco Central apresente explicações detalhadas sobre o processo de liquidação extrajudicial do Banco Master. A determinação, feita pelo ministro Jhonatan de Jesus, busca compreender os fundamentos técnicos e jurídicos que levaram à decisão.
O ministro do TCU classificou a liquidação como uma “medida extrema” e identificou possíveis irregularidades na cronologia do processo decisório que culminou no encerramento das atividades da instituição financeira.
* O TCU solicita esclarecimentos sobre a fundamentação técnico-jurídica da liquidação, incluindo os marcos decisórios e as razões que levaram à adoção da medida naquele momento específico
* Questiona-se se o Banco Central considerou alternativas menos severas, como soluções de mercado ou instrumentos de reorganização, e por que essas opções foram descartadas
* A Corte exige a apresentação de uma linha do tempo detalhada das negociações institucionais, incluindo tratativas com o Fundo Garantidor de Créditos e possíveis propostas de aquisição por outras instituições financeiras
* O tribunal também solicita informações sobre a governança interna do processo decisório, incluindo possíveis divergências entre áreas técnicas do BC
Paralelamente às investigações do TCU, o ministro Dias Toffoli determinou a realização de uma acareação entre Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, Paulo Henrique Costa, ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), e Ailton de Aquino, diretor do Banco Central, marcada para a próxima terça-feira (30).
A resposta do Banco Central, que deve ser entregue até o meio-dia desta sexta-feira (26), será fundamental para os próximos desdobramentos do caso, tanto no âmbito do controle externo quanto no Judiciário.