O ex-presidente Jair Bolsonaro será retratado em um novo filme internacional intitulado “Dark Horse”, que narra os eventos que se seguiram ao atentado à faca sofrido durante a campanha eleitoral de 2018 em Juiz de Fora (MG). A produção, que já finalizou as gravações em dezembro em São Paulo, encontra-se em fase de edição nos Estados Unidos.
O longa-metragem, idealizado pelo deputado federal Mário Frias (PL-SP), ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro, é dirigido pelo cineasta americano Cyrus Nowrasteh e tem previsão de lançamento para 2026, coincidindo com as eleições presidenciais brasileiras.
* O papel de Bolsonaro será interpretado pelo ator americano Jim Caviezel, conhecido por ter vivido Jesus Cristo em “A Paixão de Cristo” (2004)
* O filme é descrito como uma produção de “baixíssimo orçamento” para os padrões americanos
* As gravações contaram com cenas no Memorial da América Latina, em São Paulo, com um custo de locação de R$ 126 mil
* O próprio Mário Frias participa do filme interpretando um médico
* A produção se insere em um movimento global de filmes com temáticas conservadoras
* A inspiração veio dos ensinamentos de Olavo de Carvalho sobre “guerra cultural”
* O diretor Cyrus Nowrasteh possui histórico de produções com forte apelo cristão e político
* O projeto conta com financiadores da direita americana, segundo Frias, cujos nomes não foram revelados
A produção está sob responsabilidade da Go Up Entertainment, de Karina Ferreira da Gama, que também preside a Academia Nacional de Cultura (ANC). A empresa já recebeu R$ 2,6 milhões via emendas parlamentares do PL para produção de uma série sobre “heróis nacionais”.
O filme tem gerado expectativas entre apoiadores do ex-presidente, que compartilham as primeiras imagens nas redes sociais. Durante as gravações, houve momentos peculiares, como quando Jim Caviezel foi registrado rezando em aramaico com Carlos Bolsonaro no set.
Segundo especialistas, “Dark Horse” representa uma tentativa da direita brasileira de se alinhar com movimentos conservadores globais, especialmente dos Estados Unidos, através da produção cultural. O sociólogo Marco Dias avalia que o filme será considerado uma “vitória grande” pela direita brasileira, ao projetar internacionalmente a história do ex-presidente.