O ex-presidente Jair Bolsonaro realiza nesta quinta-feira (25) uma cirurgia eletiva para correção de hérnia inguinal bilateral. O procedimento foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após avaliação médica da Polícia Federal que confirmou a necessidade da intervenção cirúrgica para evitar complicações.
A hérnia inguinal, também conhecida como hérnia na virilha, ocorre quando tecidos do interior do abdômen, geralmente uma alça do intestino, escapam por um ponto enfraquecido da parede abdominal, formando um abaulamento na região. No caso de Bolsonaro, a condição é bilateral, afetando ambos os lados da virilha.
* A condição pode causar inchaço, dor e desconforto, especialmente durante esforços físicos, ao tossir ou permanecer em pé por longos períodos
* Segundo os peritos que analisaram o caso, não há indicação de urgência ou emergência nos relatórios médicos
* O ex-presidente também apresenta episódios de soluços persistentes, que serão tratados com bloqueio do nervo frênico
* A correção pode ser realizada por videolaparoscopia ou cirurgia aberta, dependendo da complexidade do caso
* O procedimento envolve a recolocação do intestino em sua posição correta e o reforço da parede abdominal
* Uma tela de malha pode ser implantada para dar maior sustentação e evitar recorrência
O cirurgião Pedro Bertevello, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica: “O que, exatamente, é uma hérnia? É um defeito na parede abdominal”.
A recuperação pós-operatória geralmente requer cerca de uma semana de repouso relativo e aproximadamente 30 dias sem esforços físicos ou levantamento de peso. O procedimento é considerado de baixa complexidade, com alta hospitalar prevista para o dia seguinte à cirurgia.
Quanto aos soluços persistentes relatados por Bolsonaro, os médicos indicaram a necessidade de bloqueio do nervo frênico, um procedimento independente que deve ser realizado o quanto antes. Este sintoma pode estar relacionado a refluxo gastroesofágico e hérnia de hiato, condições distintas da hérnia inguinal atual.
A cirurgia representa mais um capítulo na série de procedimentos médicos pelos quais Bolsonaro passou nos últimos anos, sendo necessária para prevenir possíveis complicações futuras relacionadas à hérnia inguinal bilateral.